30 de dez. de 2009
29 de dez. de 2009
28 de dez. de 2009
25 de dez. de 2009
Júlio Cortazar
*Aos meus caros leitores, cúmplices na poesia, desejo um novo ano com muitas evoluções e grandes interpretações das palavras/vidas que estão por vir.
Camila Karina
23 de dez. de 2009
20 de dez. de 2009
Acender velas para chamar LUZ, jogar rosas amarelas nas águas dos rios para Oxum.
Coisas assim: ritualizar, para dialogar com O Mistério. Para que ele te/nos proteja.
Coisas claras, panos brancos, incensos e flores.
Purificar, purificar o que na essência da nossa condição humana é pura e medonha treva de desconhecimento de todos os porquês.¨
Caio Fernando Abreu
14 de dez. de 2009
Sylvia Plath
11 de dez. de 2009
Júlio Cortazar
10 de dez. de 2009
Visitem: http://br.olhares.com/ckpolvora
9 de dez. de 2009
As palavras parecem cinzas de cigarro levadas pelo vento, asfixiando minha respiração
Tento tossir para expelir as angustias que pesam no escudo vital, sem êxito
A solução é derramar o sal dos olhos para amenizar os poros em alto relevo doloridos
Encaro de frente.
Quantas vezes mais é necessário passar pelos exames dos sentimentos até chegar à um diagnostico tranquilo?
Com um novo médico? Ou um novo pulmão?
Camila Karina
7 de dez. de 2009
A frescura de impressões, o modo directo de sentir que aprendi nos seus versos, apliquei-o a outros assuntos, a uma Natureza de ordem diversa. Assim, reparei que uma máquina é tão natural - porque é tão real, e, afinal, ser natural é ser real, se fôssemos a pensar a fundo - como uma árvore; e uma cidade como uma aldeia. O que é essencial é sentir directamente e com ingenuidade as coisas - árvores ou máquinas, campo ou cidade. A m[inha] sensibilidade predispõe-me a sentir a máquina mais do que a árvore, a cidade mais do que o campo. Não deixo por isso de ter direito ao nome de poeta. O essencial ésentir directa e simplesmente. Eu sinto directa e simplesmente. Sinto o complexo, o anormal e o artificial? É o meu modo de sentir. Logo que eu os sinta espontaneamente, estou no meu lugar, no lugar que a Natureza, criando-me assim, me impôs. Cumpro o meu dever.
Chamam-me um «transviado». Não o sou. [...] Nasci para sentir as coisas simplesmente, tanto como vós; eu não nasci, como vós para sentir só as coisas simples. Se eu sou eu e não vós, para que hei-de escrever como escreveis? Escrevo [...] em mim é eu ser eu. Em que sou eu «transviado» em ser eu?
Para mim o único modo de transviar é criar um sistema, ou pertencer a um sistema. Há horas do dia em que sou materialista [?] e outras em que sou ultramontano, completamente ultramontano. É conforme sinto. Acho isto natural.
Se, como a grande maioria da gente, eu [...], se eu fosse panteísta, espiritualista, protestante, católico (...), qualquer coisa que se saiba o que é e se pode definir, eu mereceria o nome de transviado. Apenas vejo nunca pertencendo a um sistema ou a uma filosofia, mas pertencendo a um cérebro e a um sistema nervoso, e estes têm um modo de sentir e não uma religião, ou uma estética, ou uma moral qualquer.
Álvaro de Campos
2 de dez. de 2009
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferrera Gullar