A vida
é uma caixa chinesa
de onde brota a manhã (...)
Entre flores de urânio
é permitido sonhar.
Affonso Romano de Sant'Anna
*Aos meus cúmplices na poesia, desejo só boas energias, desejo até mesmo para quem só acessa este canto para outros fins.
29 de dez. de 2012
21 de dez. de 2012
20 de dez. de 2012
11 de dez. de 2012
8 de dez. de 2012
2 de dez. de 2012
25 de nov. de 2012
19 de nov. de 2012
17 de nov. de 2012
10 de nov. de 2012
6 de nov. de 2012
28 de out. de 2012
Foi Platão que me deu a primeira chave. Uma chave para qual eu não sabia que porta abriria, mas tinha uma chave. Levou-se tempo, levaram-se grandes imaginações, idealizações, até abrir a porta. Uma porta para a realidade que Platão não poderia dominar, nem mesmo eu. Aliás, ninguém é capaz de dominar a realidade, apenas dominamos nosso próprio ser, por apenas um segundo, o resto dele é regido pelo tempo.
Deu-se flores, deu-se todos os olhares e um coração batendo. Tudo deu-se e tudo foi recolhido. Tudo foi bem recebido e largado de lado. Deixado guardado como um livro com uma bela capa que até hoje está dentro da gaveta. Aquele livro que pretendemos ler, mas nunca nos sobra tempo e entusiasmo. Das flores nunca esperou-se moldes, esperou-se perfume. Dos olhares nunca esperou-se prisão, esperou-se zelo. Do coração batendo nunca esperou-se tanto, mas também nunca esperou-se menos, que não fosse acelerado.
E Platão nunca avisaria sobre qual porta a chave abriria. Somos nossos próprios heróis e vilões. E Platão sempre soube.
Camila Karina
26 de out. de 2012
25 de out. de 2012
Oh these little rejections how they add up quickly
One small sideways look and I feel so ungood (...)
Oh these little rejections how they seem so real to me
How these little abandonments seem to sting so easily
I'm 13 again am I 13 for good?
I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind (...)
I jump my ship as I take it personally
Oh these little rejections how they disappear quickly
The moment I decide not to abandon me.
One small sideways look and I feel so ungood (...)
Oh these little rejections how they seem so real to me
How these little abandonments seem to sting so easily
I'm 13 again am I 13 for good?
I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind (...)
I jump my ship as I take it personally
Oh these little rejections how they disappear quickly
The moment I decide not to abandon me.
24 de out. de 2012
23 de out. de 2012
21 de out. de 2012
As nuvens das dúvidas quando não iluminadas pelo sol levam tudo pela frente. O que fere ensina a defesa. O vazio não passa em branco. Não estaremos livres de escudos mas podemos ficar livres de ser rudes. A inocência ainda prevalece pelo bem do que acredito e o amor ainda está em tudo, mas os olhos insistem na verdade superficial que está no primeiro plano. Como ser merecedor?
Camila Karina
17 de out. de 2012
16 de out. de 2012
15 de out. de 2012
13 de out. de 2012
10 de out. de 2012
As veias, os pulsos, os eletros perguntam se mereço o inicio. Aquele inicio raro, aquele inicio de todos. O inicio que é feito no seu tempo. O ponto de partida que integra, que envolve, que comove, torna intríseco o movimento e toda a história. As teias, avulsos e arquétipos tiram o sossego da caminhada que já foi dada a largada e à mim soa mais como corrida. Quero caminhar sem ter sossego, quero mais o aconchego no meio da diversão e quem sabe uma canção de ninar. Mas o velho dito é sábio, tudo no seu tempo hábil.
Camila Karina
Atire a primeira pedra mas fique ciente que haverá uma queda. Atire-a. Apanhe-a. Guarde-a. Depois das consequencias, das perdas e lamentos. Espere algum momento, experimente um sentimento. Faça uma declaração de amor. Sorria e gargalhe sem nenhum temor. Deixe quieta a solidão, que quando necessário, ela cumpre sua missão.
Camila Karina
1 de out. de 2012
25 de set. de 2012
24 de set. de 2012
23 de set. de 2012
A diplomacia polida, que agora é sagrada
Torna minha raiva sagrada
Os baixos tons para a discrição, que agora são sagrados
Tornam minha raiva sagrada
Os disfarces, as falas formais, que agora são sagradas
Tornam minha raiva sagrada
Sacramentada pela percepção
Se minha presença invísel é profana
que minha raiva sagrada tenha voz e chama
Camila Karina
Torna minha raiva sagrada
Os baixos tons para a discrição, que agora são sagrados
Tornam minha raiva sagrada
Os disfarces, as falas formais, que agora são sagradas
Tornam minha raiva sagrada
Sacramentada pela percepção
Se minha presença invísel é profana
que minha raiva sagrada tenha voz e chama
Camila Karina
14 de set. de 2012
11 de set. de 2012
10 de set. de 2012
Somos linhas. Todos compostos por linhas que se cruzam, que dão nó, que cortam, que se prendem. Linhas de força, linhas de separação, linhas de segurança, linhas paralelas. Essas mesmas linhas estão no mesmo sentido, aquele não previsto. Ninguém se mantém na linha ou quando mantém, a linha muda o curso. E que cria um laço e forma o que é belo e real, sem curso, só pulso.
Camila Karina
8 de set. de 2012
Tropas em retirada. Posição de defesa. Olhares atentos ao redor. Todo o zelo tem seu preço. Escudos em baixa, é tiro no peito, direto para o pulmão, causando travas na respiração. Os olhos que ardem são minas de lágrimas. Estas não servem para implosão. Todo zelo tem seu fardo, mais um passo à procura da compreensão.
Camila Karina
5 de set. de 2012
4 de set. de 2012
O fato está adiante. O acaso está no instante. Se tempo é capaz de ser o juíz de conhecer um ao outro, o que fazer com as sensações, sentidos e intuições? A imaginação não tem limites diante dos desejos, ainda mais, diante dos ímpetos de raiva. A ingenuidade da esperança na crença de conhecer o outro, nos leva a suposições, interpretações erroneas que cavam pequenos buracos de dúvidas. O que nos resta? Confiar no que sentimos, mesmo com sobreposições. O amor não mente. Ah! Como é raro encontrar o amor...
Camila Karina
3 de set. de 2012
1 de set. de 2012
26 de ago. de 2012
Em qualquer ponte e linha vital é traçado um caminho desconhecido que nós, detentores de peculiaridades, observamos nosso próprio movimento. Mas isso não quer dizer que temos consciência de cada ato e palavra. Como todo animal indefeso também queremos algum cuidado e proteção. Nada de exageros, ser indefeso não é ser inútil. Mas qualquer animal ou até mesmo uma célula precisa de atenção.
Camila Karina
25 de ago. de 2012
23 de ago. de 2012
19 de ago. de 2012
É sabido que somos peças espalhadas pelo cotidiano. Cada uma no seu lugar de efeito, direito, defeito. Tudo para manter viva a chama das intenções, atiradas no alvo aleatóriamente (de acordo com cada cabeça e sentença). E quem não tem armas está indefeso? Estamos à procura de amigos ou aliados? A diferença está entre o jogador e o pensamento. Cada passo dado para um, é jogo armado, para o outro, um dia vivenciado.
Camila Karina
15 de ago. de 2012
Aquele que vê o outro distante, aposta no seu próprio conceito. Traça o destino do outro, é um místico, um visionário alheio. Aquele que vê o outro em sua próximidade, disfarça seus lastros de falsidades, seu carater escorregadio. Sorrisos corridos, seguidas de colocações estúpidas e citações nulas. Sua causa e efeito precedem sua postura irrelevante. Oh! Mas que terrível conclusão! Um energumeno também tem seus apreciadores, seguidores, protetores, como todo ser. Portanto, os encontros casuais com este ser inútil deveria ser exatamente como suas "qualidades", mas não, o energumeno faz tanto barulho, que é como uma mosca numa sala branca. Esta ali, mas não condiz com aquele ambiente, apenas precisa existir para equilibrar as energias.( O que não impede de tentar espanta-la).
Camila Karina
6 de ago. de 2012
5 de ago. de 2012
3 de ago. de 2012
2 de ago. de 2012
31 de jul. de 2012
27 de jul. de 2012
24 de jul. de 2012
21 de jul. de 2012
19 de jul. de 2012
15 de jul. de 2012
13 de jul. de 2012
8 de jul. de 2012
4 de jul. de 2012
1 de jul. de 2012
25 de jun. de 2012
23 de jun. de 2012
Jovens e atentos. Jovens e sem noção do tempo. Continuamos jovens e agora seguimos pensando no futuro, no presente e no passado. O pensamento é nossa arma, nosso abismo, nossa lei, nossa prisão. Aproveitar a jovialidade para entender a liberdade é nossa missão. Porque se é jovem, esta essência domina o ser. Maturidade nada mais é que complemento. O ponto vital é ser jovem. E isso não tem nada a ver com o corpo.
Camila Karina
20 de jun. de 2012
17 de jun. de 2012
16 de jun. de 2012
15 de jun. de 2012
14 de jun. de 2012
12 de jun. de 2012
Aprender a andar é contínuo. Nunca se esta com a postura correta, nunca se pisa corretamente. Quase sempre colocamos o peso numa perna só. É assim que a realidade do que pulsa no meu peito se representa. Quando renasci comecei a reaprender a andar. Vez ou outra caio, tropeço, machuco as pernas, os pés doem, coluna dói, coração dói. Tudo porque aprender a andar é contínuo. E é caminhando que se aprende.
É assim com um coração partido. (!)
Camila Karina
11 de jun. de 2012
10 de jun. de 2012
8 de jun. de 2012
um flash back
um flash back dentro de um flash back
um flash back dentro de um flash back de
um flash back
um flash back dentro do terceiro flash back
a memória cai dentro da memória
pedraflor na água lisa
tudo cansa (flash back)
menos a lembrança da lembrança da lembrança
da lembrança
Paulo Leminski, do livro La Vie en Close
um flash back dentro de um flash back
um flash back dentro de um flash back de
um flash back
um flash back dentro do terceiro flash back
a memória cai dentro da memória
pedraflor na água lisa
tudo cansa (flash back)
menos a lembrança da lembrança da lembrança
da lembrança
Paulo Leminski, do livro La Vie en Close
6 de jun. de 2012
4 de jun. de 2012
3 de jun. de 2012
2 de jun. de 2012
29 de mai. de 2012
28 de mai. de 2012
Minha culpa. Sua culpa. Meu amor. Seu amor. Nossa culpa. Nosso amor. Todos punidos, feridos. Esfarelando entre os dedos qualquer sentido de saudade. Lavando as mãos para a realidade. O tatear do rosto, o fechar dos olhos, são como anos que passaram num intervalo, alguns segundos. Ao levantar a cabeça, é possivel observar o caminho, mas não o que virá dele. Não é a vista que necessita de óculos, lentes. É a vida cheia de invocações e nós, os exorcistas de tudo que é póstumo, até mesmo do amor.
Camila Karina
Inspirado numa conversa com o cúmplice na poesia, Ricardo Amaral
26 de mai. de 2012
Desejar o bem. Amar alguém. Não deixar a raiva ir além. Bem feitorias que desejamos também. Sempre intencionados, seja para si ou para outro, mal interpretado, uma confusão, só diálogo de loucos. Coletividade, "vamos viver em sociedade", o que acaba na verdade, é no tumulto. Pois queremos muito. "Feliz é quem vive de pouco". Mas que pouco é esse, se nunca acaba a sede? Se procuramos, nos preocupamos, porque não achamos? Só aparece, só acontece, se esclarece ao bel-prazer. E o desfecho, a conclusão, de uma reflexão é: acertar é ilusão. Um pouco de tolice, humanisse, também ensina uma lição.
Camila Karina
24 de mai. de 2012
21 de mai. de 2012
17 de mai. de 2012
16 de mai. de 2012
No fim do dia, no fim das contas, no fim dos tempos é quando tudo começa e nada se repete. Onde tudo se move, reforça e as vezes enfraquece. Precisamos de finais, para escrever mais. No fim da conversa, no fim da leitura, no fim da ternura. Quando os inícios estremecem, porque no fim, é quando tudo floresce. O fim é temerário, o fim também é alivio, um tanto esperado. Quantas coisas, situações, queremos que cheguem ao fim? Só para terminar, recomeçar, renovar. É fim, é inicio. É um sim para o novo. Não menos doloroso. Então, se é o fim, é porque algo novo começou. Fim.
10 de mai. de 2012
9 de mai. de 2012
8 de mai. de 2012
5 de mai. de 2012
Tateando o chão, olhando para o céu, no franzir da testa para enxergar melhor, é quando se busca a respiração, a inspiração,o momento, o significado. Esta sede do emblema, a marca memorável, o grandioso, surpreendente. Acolhe tudo num só pensamento e nada disso importa. A vida pode ser mais simples e isso já é grandioso. Tateando o chão, percebi uma flor em meio as pedras. Olhei para o céu e as nuvens eram desenhos. Franzi a testa e o sol me abraçou.
Camila Karina
2 de mai. de 2012
1 de mai. de 2012
29 de abr. de 2012
27 de abr. de 2012
São versos, detalhes, olhares, guardados. Mais para o lado esquerdo, é o caminho que se faz justiça dentro de nós. Meu erro é sonhar? Errado. O que segue são notas, laços, lembranças na corrente, logo em frente e atrás de nós, os rastros, fatos, que traçamos e deixamos. É um erro reviver? Errado. Vive-se a consequência, o bem estar, a tranquilidade e agonia. Revive-se, renova-se. A visão é futura, de certa altura que ninguém enxerga, só experimenta na aventura. É errado ficar parado. O tempo é na próxima esquina, mais para o lado esquerdo. Ali onde tudo se encontra.
Camila Karina
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