22 de jan. de 2013

Estamos à postos
para encontrar
sentir
tocar
Porém meu querer é tamanho
que lhe faz repensar


Camila Karina
O que se faz com o pouco
quando já se teve muito?


Camila Karina

21 de jan. de 2013

Trouxe o vento forte, o calor das emoções, os desejos mais profundos e mais afeto. Pediu espaço com um abraço,  s mãos vazias e um beijo à distância. Seguiu seu caminho com o que tinha: seus pequenos cacos. Olhou para sí e percebeu sua condição.

-"Adapte-se ao meio ou estarás perdida", gritou seu instinto
- Me adaptarei ao meio sem perder minha essência, respondeu
-"E se sua essência não for suficiente?", retrucou
-Me dê minha sentença! Abrir mão do que acredito é aprisionar-me na escuridão. Já estive lá e não pretendo voltar. 

Levantou-se e continuou seu caminho.

Camila Karina


O meu grande querer
que chegou sem avisar
Prende, oprime
Que seja obrigado a sair
pela primeira porta
à esquerda do peito
para que seja livre

Camila Karina

Um nó
sem dó
do ser
estou
me sinto
 só
"Cem anos de solidão... "


 Camila Karina

14 de jan. de 2013

Quem poderá dizer
o que tenho por fazer?
Só aquele que dei o poder
A maior queda
vem do copo
cheio de expectativa e
da tempestade
que não molha
se estiver com os pés no chão
longe dos vidros
olhos atentos
e disposição

Camila Karina








Esta sina obscura
talvez não tenha cura
Existirá um herói
que vença a criatura?

Camila Karina

13 de jan. de 2013

Meu grito
O que sinto
Você pode pedir
para silenciar
Mas saiba
que tudo 
o que está aqui escrito
ninguém pode calar

Camila Karina
As miras da dúvida 
apontadas pela intuição
revelam ou enganam?


Camila Karina
Apertou com precisão as têmporas como se delas esperasse soluções. Apertou os olhos como se eles fossem o auxílio necessário para todas as respostas. Sentou em qualquer lugar para levar seus pensamentos à distância, como se traçassem caminhos lineares até seu futuro. Lembrou de tudo que doía, porque a dor ensina. Lembrou também do que procura. Apertou novamente as têmporas como se fossem os pontos de equilíbrio para medir suas lágrimas. Abriu os olhos e tateou a nuca, olhando para cima, estalando o pescoço. Movimentos aleatórios em busca de respostas. Respirou fundo e entendeu que ninguém mede as experiências pelas tristezas e sim pelas reflexões que elas proporcionam. Tocou cada dedo de suas mãos e firmou os punhos. Eram movimentos reais de que a luta contra seus próprios demônios havia começado. Trouxe um leve sorriso no rosto para começar o dia de tantos outros de sua vida, com as ideias fluindo e na espera de grandes sensações. 


Camila Karina

12 de jan. de 2013

O tanto de querer
O tanto de desejar
O tanto de poder estar
ao lado, abraçado, vidrado
sufocam aquele que se alimenta desta fome
Quem sofre as consequencias sempre é o esfomeado
 De onde vem toda essa vontade?
É melhor parar e pensar
Até o coração precisa se reeducar
para melhor se alimentar

Camila Karina

8 de jan. de 2013

Qual a pior verdade: a da negação ou do silêncio? 


Camila Karina
Devolvo toda a raiva
Devolvo toda a lágrima
Devolvo toda a angústia
Devolvo cada doação aleatória
Para chegar ao fim do ciclo
 após recebido tudo novamente
e continuar as devoluções
Devolvo
Resolvo
Pego novamente
a cada ano novo

Camila Karina

Pensaram por aqui

 

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