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Sentou-se diante do papel vazio e escreveu: comer — olhar as frutas da feira — ver cara de gente — ter amor — ter ódio — ter o que não se sabe e sentir um sofrimento intolerável — esperar o amado com impaciência — — fazer café — olhar os objetos — ouvir música — mãos dadas — irritação — ter razão — não ter razão e sucumbir ao outro que reivindica — ser perdoada da vaidade de viver — ser mulher — dignificar-se — rir do absurdo de minha condição — não ter escolha — ter escolha — adormecer — mas de amor de corpo não falarei.
Depois dessa lista ela continuava a não saber quem ela era, mas sabia o número indefinido de coisas que podia fazer.
E sabia que era uma feroz entre os ferozes seres humanos, nós, os macacos de nós mesmos.
cl
1 comentários:
Olá, adorei o post!
Gostaria de saber qual é a fonte.
Obrigada.
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