21 de out. de 2009

Acordo um pouco cansada de uma batalha travada há tempos.

Olho em volta, todos os soldados, companheiros fiéis da empreitada descansam.
Os semblantes espelhados em mim,mostram um leve sorriso que por trás omitem uma insólida descrença.

Acordei cansada e não acreditando em nada. Porque afinal as batalhas são travadas e morrem tantas emoções perenes do ser humano? Caminho no campo de combate observando o que me foi dado e o que me foi tirado, sem nenhuma conclusão aparente, imperceptível pela consciencia apressada.

Sinto um vazio em meio a sensação de vitória. Uma vitória isolada, sem comemoração mútua. Poderia me dar por satisfeita, afinal vencer instiga o homem e alimenta o ego, então me questiono e procuro a satisfação elementar para travar novas pelejas.

Acordei e sentia os raios solares penetrando em meus olhos como agulhas afundadas na pele, não queria abrir os olhos, eu sabia que a batalha tinha terminado e sem outro vencedor além de mim.

Ganhei a batalha.

Após refletir sobre a descrença, acreditei na fidelidade de meus companheiros. Honestamente os abracei e olhei em seus olhos (dentro de mim), todos me olhavam atentamente. Era eu, frente a frente de mim, e disse pausadamente à todos com voz suave: Esta foi uma grande guerra fria e ainda permanece do lado oposto.



Camila Karina

Pensaram por aqui

 

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