17 de mar. de 2010

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,

preciso porque estou tonto.
Ninguem tern nada com isso.

Escrevo porque amanhece,
e as estrelas la no ceu

lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.

A aranha tece teias.
peixe beija e morde o que ve.

Eu escrevo apenas.
Tern que ter por que?

Nada com nada se assemelha.
Qual seria a diferenga

entre o fogo do meu sangue
e esta rosa vermelha?

Cada coisa com seu peso,
cada quilometro, seu quilo.

De que e que adianta dize-lo,
isto, sim) e como aquilo?

Tudo o mais que acontece,
nunca antes sucedeu.

E mesmo que sucedesse,
acontece que esqueceu.

Coisas nao sao parecidas,
nenhum paralelo possivel.

Estamos todos sozinhos.
Eu estou, tu estas, eu estive.


Paulo Leminski

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