15 de jun. de 2013

Há um ano, na casa de minha melhor amiga, comemorávamos seu aniversário e eu falava sobre a possibilidade de amor que tinha tido naquela noite. Uma possibilidade encantadora de um homem que não conhecia há muito tempo, mas fazia meu corpo aumentar de temperatura. Era como sentir algum tipo de cura, uma cura da descrença, da inércia que me assolava por anos. Meus receios eram sinceros, mas meu encantamento era mais sincero ainda, pois nunca esqueci da luz azul que iluminava o sorriso daquele homem. Há um ano sentia tantas novidades, e hoje, lembrando de todo o esforço que havia naquele homem em estar comigo, tenho a verdade diante dos meus olhos e coração. Nutri e cultivei um sentimento que poderia ser o mais bonito, mas, daquele sorriso um ano depois, só tenho meios sorrisos. Depois de tanta luta para estar ao meu lado, agora só tenho a desistência mais rápida. Depois de tantas conversas, agora só me resta o silêncio colossal para que eu converse comigo mesma e tente me entender. Depois de tantas declarações de amor, só tenho um elogio para manter o praxe. Depois de tantos planos, decisões, só tenho o momento. E nele me agarrei com força com a esperança que isso representasse alguma nova cura, para evitar o afogamento de tudo que hoje, há um ano, era um mar de possibilidades. Mas isso foi há um ano, também mudei minha visão, meu sentir, mas não a intensidade. Porque minha busca nunca termina enquanto não encontrar o que procuro. "Sonhe comigo que sonho com você", isso soaria estúpido, mas é minha estúpida verdade. 

Camila Karina

4 comentários:

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