28 de nov. de 2008

A barulheira cotidiana me levou a pegar meus cd´s antigos: pop chiclete, clássicos do rock´n roll e música clássica. Meu espírito está se recompondo e a parte física-emocional idem. O céu não estava tão limpo hoje, adoro olhar as nuvens e imaginar figuras.

Fiquei pensando (pra variar), como é ingênuo você querer “classificar” alguém. Minhas conversas diárias sempre são o subsídio para escrever neste blog e hoje, rendeu um questionamento sobre porque cativamos várias qualidades ou defeitos de alguém e o que aprendemos com isso.

O real motivo não se sabe, mas uma das possibilidades é a conveniência. Sim, as relações são movidas por interesses não? Não falo do interesse pejorativo, precedido de más intenções, falo do interesse na boa companhia, nas conversas, nos conselhos, etc. Outros sim, interesses “convenientes”, na qual as pessoas utilizam da bondade alheia para ganhar qualquer coisa, menos o prazer da boa companhia.

Minha nostalgia invocou várias lembranças e claro, relações (de todos os gêneros) que se dissiparam. Acabei imaginando que cativei o pior lado de algumas pessoas e elas cativaram também o meu pior lado. Mas a partir de que momento você cativa o bem/mal de alguém? Creio que acontece quando os interesses começam a tomar rumos bem diferentes e a missão de um ser humano para com o outro termina ali. É hora de prestar atenção na lição que tal pessoa deixou. O legado de experiências.

Agora, o que fazer com esse legado é a questão. Continuo nostálgica. Você tem escolha claro, imagino que três tipos. Você pode aprender com os erros dos outros; aprender levando na cara ou não aprender nada e se dar conta de que não terá um momento parecido com o meu, a nostalgia nunca vai deixar você parado, olhando pro nada, rindo de grandes bobagens que na época pareciam o “fim do mundo”, pois não há nada para ser lembrado, muito menos acrescentado em sua vida.

Cantinho neurótico: Nem sempre fico neurada, hoje tem poesia..

"Eu sou nostálgica demais, pareço ter perdido uma coisa não se sabe onde e quando
. Clarice Lispector in Um Sopro de Vida .

25 de nov. de 2008

Lendo várias coisas a respeito das grades (é, grades) que firmaram na frente do prédio da Ordem dos Advogados do Brasil da cidade de Macapá, as perguntas que surgem em minha cabeça são: isso é pauta? Isso é algo pra causar tanta polêmica? Pelamordepapai Noel. NÃO!

Fiquei impressionada e indignada com tanta repercussão de algo que soa totalmente provinciano e desnecessário, ainda mais por partir de veículos que considero totalmente vanguardistas (grandes m*** a minha opinião para eles, mas, eis-me aqui).
Prezam pelos velhos costumes de sentar na escada, de ficar horas conversando, sentindo o vento, blá blá blá... Realmente, são velhos costumes, o que, diante de todo o crescimento (inchaço) de Macapá, não é mais possível, porque os garotões e suas “tchutchucas” só fazem baderna, degradando totalmente o prédio da OAB.

Os velhos costumes são lindos, nostálgicos, mas creio que a principal preocupação dos responsáveis por tais grades foi a de conservar, ao menos, a pintura. Ninguém sequer lembra ou via muitos baderneiros tirando fotos em cima dos leões, pixando TODO o prédio? Não, ninguém lembra disso, só dos velhos costumes.

Dá licença, gente, mas esse papo de criticar grade é muito pra minha cabeça, com essa repercussão desnecessária. Por que ninguém fala da construção inacabada da praça zagury? Agora encrencaram com a grande da OAB e simplesmente não faz diferença, o prédio continua lá, intacto! Ah, sim, criticaram o designer. Conversa! Pode não ser a construção mais glamourosa, mas, sinceramente, não agrediu em nada a estrutura do prédio.

Aliás, passo lá pela frente e, agora sim, vejo os garotões e suas “tchuthucas” agindo “que nem gente civilizada”, sentadas em cima dos seus respectivos carros. É, porque banco na praça é mero enfeite..tem escada, tem carro, tem calçada..tudo isso pra sentar.

O fato é que não somos mais uma província, estamos “evoluindo”, mesmo que de maneira desordenada, mas estamos. Então, o que devemos preservar são os bons costumes e não hábitos antigos de quando não tínhamos um espaço pro lazer e diversão, e, claro, bancos pra sentar.

*Cantinho da Neurose: Haja paciêcia..!

22 de nov. de 2008

Cheguei a uma conclusão: Não tenho mais tolerância com falta de educação.
Antes, quando visitava alguma loja,entrava em alguma repartição pública, pegava o ônibus ou qualquer andança por ai, me deparava com diversas amostras grátis da mais pura indelicadeza. Tudo bem tentava olhar por um prisma positivo (o que tem de positivo nisso mesmo?), mas essa semana chegou no ápice total do que chamamos “porta de acapú”.

E não é só comigo que isso acontece, tenho certeza. Mas vou relatar um episódio só pra sentirem o clima.

Lugar: Loja de artigos importados.
Track I: Eu no caixa.

Eu: Moça, com licença, quando é este brinco?
Ela: você não está vendo o preço? (ela lendo uma revista)
Eu: Como?
Ela: o preço está no brinco..( ainda lendo a revista)
Eu: no brinco da revista? Ou neste que está na minha mão?
Ela: no seu
Eu: deixei-a falando sozinha, fui com o brinco na mão até a gerencia.

Resultado: Não comprei a porcaria do brinco, o gerente coitado..tentou reverter e chamou a “princesa” até a sala dele.
Gente, isso é atendimento ao público? Educação não se aprende em curso de relações humanas, aliás, isso é um paradoxo, por que é a partir das relações humanas que você pode exercitar a gentileza.
Só sei que eu não tolero mais, porém, como dizia meu querido Paulo Leminski. “Tudo dito, nada feito. Fito e deito.”

*Cantinho da Neurose: E quando eu perco a calma..quem acaba entrando nessa estatística sou eu! Mas ora essa, sou ser humano também! E as vezes ser educado nem dá muito certo. :P

3 de nov. de 2008

Eis que trago meu pacotes de emoções pra esse novo blog. No antigo eu simplesmente não consegui postar mais, todo dia era um problema diferente, me irritei e resolvi mudar de servidor.
Com essa mudança, também resolvi colocar um nome mais entusiasta, mais parecido com o que escrevo diariamente, ou quase, e quem sabe, ter contribuições dos leitores.

É isso, “nova casa” e muitas idéias na cabeça. E la vamos nós.

Locardes.

Pensaram por aqui

 

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