18 de abr. de 2009



Hoje tive medo. Um medo súbito do futuro, talvez um medo infundado diriam os mais velhos e afirmariam que tenho uma longa vida pela frente. Um discurso pronto, que diante do meu aterrorizante medo, fora totalmente ingnorado. Repentino medo que me assolou após divagar solitariamente sobre meus planos e questionar-me se realmente teria esse medo das verdades sobre mim mesma. Se deixaria que as imposiçoes do tempo pudessem transformar ou desfigurar pomposamente as verdades que um dia foram minhas.

Digo pomposamente pois, se na posteridade usufruir de uma vida dentro do almejado senso comum, seria impositivamente agradecida. Para que outras excentricidades? Porque não me daria por satisfeita? A sensaçao de medo começa a intensificar-se.


Perderia essa sede, a voracidade que tenho pelos mistérios das sensações, sem finalmente encontra-las, nem que fosse alguma parte delas? Ou hipocritamente me conformaria com lampejos?

Retrocedo ao hoje, ao instante agora. Ouço apenas os grilos em sinfonia única, o que também me remete ao clima tenso. Quem sabe possam ser sinais, um perigoso pensamento. Um alerta da natureza.


Estou cheia de perguntas. Não quero nenhuma resposta. Ainda que eu tenha minhas verdades, apenas com olhares sem pompas, mas com verdades. O que são? A melhor maneira de desbravar é sentir.


Camila Karina

2 comentários:

Ácido e Contradito disse...

Sentir também é um limite para o engano, as vezes esse sentimento se transvesteM na própria máscara da pompa !Quero a realidade tranquila da verdade, um despimento de meus anseios, um mergulho no auto-conhecimento.
Me acompanha !?Te amo !
Beijos.

Camila Karina disse...

Meu caro amigo, com boas companhias como a tua, o mergulho fica muito mais divertido!

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