9 de set. de 2009

Se um autor faz você voltar atrás na leitura, seja de um período ou de uma simples frase, não o julgue profundo demais, não fique complexado: o inferior é ele.

A atual crise de expressão, que tanto vem alarmando a velha-guarda que morre mas não se entrega, não deve ser propriamente de expressão, mas de pensamento. Como é que pode escrever certo quem não sabe ao certo o que procura dizer?

Em meio à intrincada selva selvaggia de nossa literatura encontram-se às vezes, no entanto, repousantes clareiras. E clareira pertence à mesma família etimológica de clareza... Que o leitor me desculpe umas considerações tão óbvias. É que eu desejava agradecer, o quanto antes, o alerta repouso que me proporcionaram três livros que li na última semana: Rio 1900 de Brito Broca, Fronteira, de Moysés Vellinho e Alguns Estudos, de Carlos Dante de Moraes.

Porque, ao ler alguém que consegue expressar-se com toda a limpidez, nem sentimos que estamos lendo um livro: é como se o estivéssemos pensando.

E, como também estive a folhear o velho Pascall, na edição Globo, encontrei providencialmente em meu apoio estas palavras, à pág. 23 dos Pensamentos:
"Quando deparamos com o estilo natural, ficamos pasmados e encantados, como se esperássemos ver um autor e encontrássemos um homem".


Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo


1 comentários:

Jornalismo de Saia disse...

Oi amiga, andei afastada do trabalho, pois sofri um acidente doméstico. E o pior, acho que perdi teu número celular.

Por isso não te liguei antes para avisar sobre.

Espero que não tenha atrapalhado no andamento dos trablahos.

Tem como me passar teu celular, liguei para o número que estava na minha agenda, ,as quem atendeu disse o celular não era seu...

Aguardo seu contato.

Abraços

Flávia Fontes

Pensaram por aqui

 

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