29 de mai. de 2011

Temos o palco, temos o cenário, temos as pessoas, temos os personagens. Olho em volta e ali observo. Em cada parte em cada lugar. Suas luzes próprias. Suas rachaduras próprias. Suas reformas involuntárias. As reformas voluntárias também contam. E o que não muda? Diante dos meus olhos, me refiro. Diante dos meus sentidos. Diante da minha indignação. Mudam as pessoas, mas os personagens continuam. Uma encenação dramática e conceitual, pois é tudo bem pensado. Manipuladores. Levanto da cadeira e me retiro. Desta peça não pretendo fazer parte, não vejo arte, não há brilho em nenhuma parte. Mudo de palco, mudo de cenário, temos pessoas. O conjunto que valida, que aprecia e engatilha raios de luz. É a rua, é a cidade, são estrelas, é a realidade.

Camila Karina

1 comentários:

Elton Tavares disse...

A indignação é algo que corrói. Sei bem como é e um dia, talvez eu aprenda a simplesmente deixar p/ lá. Eu te amo!

Pensaram por aqui

 

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