6 de jul. de 2011

Andando pelas pomar dos corações é possível observar todas as novas safras. Corações maduros, os verdes, os ainda quase imperceptíveis. Também noto minha fome. Uma fome que não sacia com uma escolha aleatória. Uma fome que não atinge só à mim. A colheita não é um simples colher e guardar para si. Não nos basta apenas a fome e a escolha. Um coração estava ali.

Aquele coração que nem foi notado, nem desejado, nem esperado, apareceu de surpresa. Saciou a fome de ambos e encontrou seu lugar de direito. Alimentou e continua se renovando porque esta fome nunca acaba e os corações nunca deixam de nascer. Agora eram um só e acompanhavam as chegadas de todas as estações. 

Camila Karina

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