17 de fev. de 2009

Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte do meu ofício. A mentira do ideal foi até agora a maldição sobre a realidade, com ela a humanidade mesma se tornou, até em seus mais profundos instintos, mentirosa e falsa.

A procura por tudo o que é estrangeiro e problemático na existência, por tudo aquilo que até agora foi exilado pela moral. Quanto de verdade suporta, quanto de verdade ousa um espírito? Cada conquista, cada passo avante no conhecimento decorre do ânimo, da dureza contra si, do asseio para consigo… Pois até agora o que se proibiu sempre, por princípio, foi somente a verdade.

Paga-se mal a um mestre, quando se continua sempre a ser apenas um aluno.
Transtrocar perspectivas: primeira razão pela qual para mim somente, talvez, é possível em geral uma “transvaloração dos valores”.

Fiz de minha vontade de saúde, de vida, minha filosofia.

Um homem bem logrado advinha meios de cura contra danos, utiliza acasos ruins em sua vantagem: o que não o derruba torna-o mais forte. Está sempre em sua companhia, quer esteja com livros, homens ou paisagens.

Aqui precisametne é preciso começar a reaprender. Aquilo que até agora a humanidade ponderou seriamente nem sequer são realidades, são meras imaginações, ou, dito mais rigorosamente, mentiras provenientes dos piores instintos de naturezas doentes, perniciosas no sentido mais profundo - todos os conceitos “Deus”, “alma”, “virtude”, “pecado”, “além”, “verdade”, “vida eterna”, …

Uma coisa sou eu, outra são meus escritos. Não quero ser confundido - isso implica que eu próprio não me confunda.

Ninguém pode ouvir nas coisas, inclusive nos livros, mais do que já sabe. Para aquilo que não se tem acesso por vivência, não se tem ouvido.
Quem acreditou ter entendido algo de mim, havia ajustado algo de mim à sua imagem - não raro um oposto de mim, por exemplo, um “idealista”.

Nietzche

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