20 de abr. de 2010

Quando resolvo pensar um pouco mais na essencia humana, entendo melhor o que a velha frase “Pensar enlouquece”, quer dizer. Mas, me considero não enlouquecida (ainda) e as idéias começaram a passear em minha cuca (fundida) em relação à um tema: a paz virou um produto para ser vendido para mim e para você.

É dificil admitir que dentro de nós existem vários eus, várias faces, várias atitudes, já que defendemos ferrenhamente nosso lugar no mundo, nossa marca, a personalidade que nos cabe, e ainda, manter uma postura que às vezes é apenas a idéia que fazem de nós. e claro, cada um com a paz que precisa. Mas, diante de tantas mensagens aderentes a paz e humanidade, parei para refletir o quanto isso também soa hipócrita.

Que tipo de paz estão falando afinal? A paz é uma só? Sinceramente não concordo com esse conceito. Ouvir e dizer sobre a “paz mundial” já virou chacota, isso é fato, porque nos remete à uma utopia, algo que provavelmente nem o pó de meus ossos poderão “presenciar”. Então, que tipo de paz as pessoas buscam, se a enxurrada de informações para ficarmos alertas sobre nós mesmos com métodos e maneiras de lidar com vários tipos de humanos chega diáriamente por todos os lados, todos os poros? Sim, nos colocaram numa espécie de prateleira: Humanos saudáveis, Humanos nocivos, Humanos selvagens, Humanos lesivos.

O assunto é amplo, eu sei, e nem quero buscar nenhuma resposta concreta (outra utopia), mas se o lema atualmente é “ para cada pessoa, uma atitude”, o mercado que tem “comandado” a vida de nós, homo sapiens, deveria formular outra estratégia de marketing sobre a paz. Não dá pra cair mais nessa.


Camila Karina

1 comentários:

Felipe Façanha disse...

Quase uma filosofa natural, um pré-socrática...=D

Pensaram por aqui

 

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