Por esses dias, vi uma versão muito interessante de “O mágico de Oz”, trata-se de uma versão com personagens negros, com a participação do Michael Jackson quando ele ainda era negro. O filme chama-se “O feiticeiro”. Quem atuou como Dorothy foi Diana Ross e outros niggaz que não lembro o nome agora.
O contexto geral do filme me chamou atenção por tratar de um tema atemporal : a zona de conforto. Assunto este que também já vinha materlando em minha cuca por presenciar algumas situações que logo me remeteram a isso. No filme, Dorothy não sai de casa. Para ela está tudo bem viver apenas com seu cão totó e seguir a rotina, mas sente uma angústia inexplicavel.
Um belo dia tudo acontece e ela começa a vivenciar e conhecer as novidades do mundo e entender que esta angústia poderia ser entendida melhor se ela saisse de sua zona de conforto. Isto significa se abrir para as novas experiencias. Para Dorothy, significava conhecer o mundo, para outros e pra mim também pode significar mudanças.
Citarei algumas.
É muito fácil criticar, despejar a raiva contida, esbravejar, reclamar em coisas ou pessoas que temos quase a certeza que não mostraram nenhum tipo de reação ou defesa mais agressiva. Eis uma zona de conforto, a comodidade de criticar e ainda pior, não trazer junto com a raiva esparramada nenhum tipo de solução aparente, nenhum beneficio paralelo.
É muito fácil apontar erros, falhas, defeitos, precisamente para outros e não para o maior criticado, remetendo-o a grandes piadas, desmoralização. Atire a primeira pedra quem nunca o fez, mas a questão é escolher se você vai continuar nesta zona de conforto sentado na sua roda de amigos, fazendo sempre o mesmo, nesta lertargia e inércia pessoal.
Falo isso porque um fato irreverente aconteceu em minha cidade, a respeito de uma crônica infeliz que discorria coisas negativas sobre o Estado e as pessoas que vivem nele. Tudo bem, texto infeliz, postura infeliz, agora uma comoção geral para algo tão pequeno, no qual, todos sabiam que o judas não viria até a cidade confrontar todas as críticas foi fácil (até demais).
O problema em sí não foi o texto, mas toda a mobilização em cima disso. A realidade da cidade é muito além de uma crônica, a “saúde” da cidade é CRÔNICA. Roubo, corrupção e muito mais. Alguém se mobiliza? Não. Todos permanecem no aconchego de suas zonas de conforto. Por que? Suponho que com uma mobilização para tais coisas, ninguém sairia ileso. É preciso muito mais do que comunidades no orkut e críticas em blogs para sair desta ZONA.
Camila Karina
O contexto geral do filme me chamou atenção por tratar de um tema atemporal : a zona de conforto. Assunto este que também já vinha materlando em minha cuca por presenciar algumas situações que logo me remeteram a isso. No filme, Dorothy não sai de casa. Para ela está tudo bem viver apenas com seu cão totó e seguir a rotina, mas sente uma angústia inexplicavel.
Um belo dia tudo acontece e ela começa a vivenciar e conhecer as novidades do mundo e entender que esta angústia poderia ser entendida melhor se ela saisse de sua zona de conforto. Isto significa se abrir para as novas experiencias. Para Dorothy, significava conhecer o mundo, para outros e pra mim também pode significar mudanças.
Citarei algumas.
É muito fácil criticar, despejar a raiva contida, esbravejar, reclamar em coisas ou pessoas que temos quase a certeza que não mostraram nenhum tipo de reação ou defesa mais agressiva. Eis uma zona de conforto, a comodidade de criticar e ainda pior, não trazer junto com a raiva esparramada nenhum tipo de solução aparente, nenhum beneficio paralelo.
É muito fácil apontar erros, falhas, defeitos, precisamente para outros e não para o maior criticado, remetendo-o a grandes piadas, desmoralização. Atire a primeira pedra quem nunca o fez, mas a questão é escolher se você vai continuar nesta zona de conforto sentado na sua roda de amigos, fazendo sempre o mesmo, nesta lertargia e inércia pessoal.
Falo isso porque um fato irreverente aconteceu em minha cidade, a respeito de uma crônica infeliz que discorria coisas negativas sobre o Estado e as pessoas que vivem nele. Tudo bem, texto infeliz, postura infeliz, agora uma comoção geral para algo tão pequeno, no qual, todos sabiam que o judas não viria até a cidade confrontar todas as críticas foi fácil (até demais).
O problema em sí não foi o texto, mas toda a mobilização em cima disso. A realidade da cidade é muito além de uma crônica, a “saúde” da cidade é CRÔNICA. Roubo, corrupção e muito mais. Alguém se mobiliza? Não. Todos permanecem no aconchego de suas zonas de conforto. Por que? Suponho que com uma mobilização para tais coisas, ninguém sairia ileso. É preciso muito mais do que comunidades no orkut e críticas em blogs para sair desta ZONA.
Camila Karina
4 comentários:
Camilinha!
Como sempre um excelente texto. Parabéns!
Em primeiro lugar, quero saber aonde vc conseguiu a cópia do "Feiticeiro", fime que assisti qdo era criança e nunca mais vi novamente! (rsrsrs)
Quanto à zona de conforto a que vc se refere no seu texto (com muita propriedade, inclusive), concordo com vc. É preciso, realmente, muito mais que comunidades no Orkut ou críticas em blogs (e aí incluo a minha também). É preciso mesmo, além disso, todos fazerem a nossa parte e cuidar da nossa casa, seja o Amapá (no caso de vcs), a Paraíba (no meu caso) ou mesmo o Brasil (no caso de todos). Vamos falar, mas tb vamos agir. Porque é a atitude que move o mundo, não as palavras!
Grande bjo e parabéns pelo blog!
Silvio! Obrigada pela visita. Olha só consegui "O feiticeiro" na "pirataria" mesmo eheheh, me passaram uma cópia. Esta cópia foi encontrada com os caras que vendem amigávelmente cópias de filmes legais (já que os originais são bem caros), se é que você me entende.
Abraço!
Texto muito bom! Parabéns!!
tu branquinha aí, tou achando que tu é goiana hein!! hauhauhaua
Parabéns Cami, cada dia mais elegante, simples e direta sua escrita e a lembrança dessa "eterna" zona de conforto veio a calhar nesse momento.
Beijos!
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